segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Covil das Moças Ruivas brilha em temporada com todas sessões lotadas !!!

Peça com texto inédito de Hamilton Vaz Pereira faz história no teatro do Rio





     Com texto inédito e direção de Hamilton Vaz Pereira, Covil das Moças Ruivas teve temporada onde todas as sessões estiveram lotadas e as últimas apresentações foram com ingressos esgotados e fila de espera. A temporada, com sucesso de público, foi encerrada no último dia 2 de julho no Teatro Sérgio Porto, no Humaitá, Zona Sul do Rio.


    "Covil das Moças Ruivas", que estreou ainda em construção no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro, é "um jogral dos mais potentes acerca da fabulação e dos quebra-molas que pavimentam a estrada do amor", segundo o crítico do Jornal Estado de São Paulo, Rodrigo Fonseca.


     O espetáculo de Hamilton Vaz Pereira traz uma trama sobre um clube que nasce no coração do Bairro da Lua Azul, um imaginário bairro boêmio carioca, com personagens que remetem a "Ópera do Malandro", de Chico Buarque, "Querele" de Jean Genet e "Orfeu da Conceição", de Vinícius de Moraes.


     A apresentação começa com uma grande roda e os 40 atores em cena. O autor e diretor, Hamilton Vaz Pereira, faz um discurso e agradece ao público. Toca então o 3° sinal, entra uma linda iluminação e fundo musical e surgem tapetes voadores.


PEÇA EM TRÊS ATOS

     Essa peça teatral é dividida em três atos, começando num ritual árabe, homenageando a obra-prima "As 1001 Noites", uma das mais famosas obras da literatura árabe, reunindo uma coleção de contos escritos entre os séculos XIII e XVI.


    Decidido a matar todas as mulheres solteiras do reino, após ter descoberto a traição da sua mulher, o sultão Shahriar casa-se a cada noite com uma jovem diferente, que será morta ao amanhecer. Mas a filha do grão-vizir, a impetuosa Sherazade, decide enfrentar o desafio e interromper esse ciclo vingativo, oferecendo-se para a noite seguinte. Noite que se multiplica, assim como as histórias de Sherazade, adiando sua morte indefinidamente.


    Das 1001 Noites, o espectador desembarca no Rio de Janeiro, no fictício bairro boêmio da Lua Azul, uma homenagem à Lapa, trazendo a genialidade do Grande Mestre do Asdrúbal.


   Várias cenas se destacam, como a antológica cena das fadas, feita por quatro atores, e a das crianças em busca do dom, que tem a atriz Eliana Mara como mãe; a atriz Isabella Cunha, com a criança que acompanha a mãe e o ator Kadu Flu; Lazuli Barbosa; Katariba Kazzaz; Nina Silveira e Monielle Santos como as crianças.


FILA PARA O CABARÉ

      O ápice ocorre quando se forma a fila para a abertura do Cabaré Covil das Moças Ruivas, com os atores Daniella Wainer (Door Woman) e Kadu Flu (segurança do Cabaré) recebem e revistam os convidados do Covil, com os atores Igor Salmito (Avelino) e Marcielle Vannuci (vizinha) contracenando com Door Woman e segurança - dando um show de interpretação.


     A peça teve como destaques no elenco Iris Bustamante; Igor Salmito; Lazuli Barbosa; Denys Vasconcellos; Bernardo Siaines; Marcielly Vanucci; Michele Capri; Gloria Rabaça; Emerson Manguete; Deborah Thomas; Gabriella Lavinas; João Medeiros e Deborah Monteiro.


     Grande destaque também a bela e talentosa atriz e cantora, Maria Clara, que cantou e encantou o público com uma belíssima ária da ópera Carmen.


   Junto ao tarimbado elenco, também jovens talentos como Oswaldo Novaes; Cathatina Muhl; Katarina Kazzas; Isabella Cunha; Nina Silveira; Rafael Montovani; Arthur Pimenta; Monielle Santos; Gabriela Perciano; Laila Borges; Danielle Delaneli e Leandro Souza.


RETORNO AOS PALCOS

      O espetáculo marcou também a volta do ator, Kadu Flu, aos palcos - depois da temporada nacional da peça teatral "Sabe Quem Dançou?", de Zeno Wilde.


     Atores que merecem destaque também na encenação: a atriz Mariana Jacó; José Augusto Kamel; Marcia Barbosa; Diogo Gelio; Kelly Violly; Thiago Sol e Samara Potyguara.

    A escritora, Daniela Wainer, faz importante participação como atriz, interpretando vários personagens, inclusive a marcante Door Woman.


   De acordo com a crítica, grande destaque da peça teatral de Hamilton Vaz Pereira foi o ator Igor Salmito, comparado pelo crítico Rodrigo Fonseca, como o atual Sam Rockwell do teatro nacional.


LINDA ILUMINAÇÃO

    A Iluminação também foi outro ponto alto da peça, com o iluminador Daniel Galvan comandando as lindas luzes e com Fernanda Brand na assistência de iluminação.


     A parte mais importante da encenação é de fato quando funciona o clube noturno Covil das Moças Ruivas, com um lindo número de dança com todo o elenco ao som de Besame Mucho, culminando com o show da Danúbia, com a talentosa atriz e cantora, Maria Clara, cantando a Ópera Carmen, bastante ovacionada.


   Momento da encenação também muito aplaudido é o tocante solilóquio do astronauta brasileiro, Elvis Vanderlei, interpretado pelo músico Jonatas Silva, que é apresentado pela estrela Carlota, magistralmente interpretada pela atriz, Iris Bustamante.


       A "cereja do bolo" é a cena dos marujos, baseada em Simbad e os Marujos, das 1001 Noites, e na mitologia grega, quando dois marujos, os atores Kadu Flu e João Medeiros, tiram a camisa e pulam no mar hipnotizados e são deliciosamente devorados pelas lindas e talentosas sereias.

     "  É um texto divertidíssimo, que ainda em construção, aponta para o que pode ser uma das grandes peças do homem que tocou o trombone da invenção", ressalta o crítico, Rodrigo Fonseca.


ESPETÁCULO ANTOLÓGICO


             Xerazade, esposa do Rei Xariar. Esse rei, louco por haver sido traído por sua primeira esposa, desposa uma noiva diferente todas as noites, mandando matá-las na manhã seguinte. Xerazade consegue escapar a esse destino contando histórias maravilhosas, que o público é brindado nesse histórico espetáculo, de um dos maiores autores e diretores teatrais, Hamilton Vaz Pereira.
           
       O “Covil das Moças Ruivas” é um espetáculo que trás para o espectador uma experiência artística onde o valor da arte e o fazer artístico se mostram vitais para existência de um espírito sócio cultural.

       A personagem que interpreto chama-se Avelino”, que trás consigo esse espírito libertário como uma Ave. Onde seu fazer artístico é posto como uma necessidade básica apesar das adversidades e dramas pessoais pela qual ele atravessa.

    Fora isso é uma honra participar de um elenco tão numeroso, diverso e talentoso que me acolheu com generosidade e desempenhou um grande espetáculo.

       Não vejo a hora de retomarmos aos palcos para a afirmação da nossa arte como alimento. ", diz Igor Salmito, ator protagonista do espetáculo.
 
           O antológico espetáculo teatral de Hamilton Vaz Pereira encerrou temporada no Sérgio Porto e está inscrito no edital da Caixa Cultural. Caso o edital seja contemplado, a peça voltará para uma segunda temporada
      

por Carlos Eduardo Castro de Moura



Covil das Moças Ruivas: Uma Jornada Teatral Marcante

( Por  Franco )

      No cenário vibrante do teatro brasileiro, "Covil das Moças Ruivas" emerge como uma peça icônica, trazendo à tona uma trama intrigante, atuações poderosas e uma direção impecável de Hamilton Vaz Pereira. Kadu Flu, que fez parte dessa jornada teatral memorável, compartilha detalhes fascinantes sobre a produção e a experiência de estar nos bastidores dessa obra-prima.


     A peça trouxe uma abordagem única e uma encenação impecável sob a direção de Hamilton Vaz Pereira. O texto inédito, aliado a atuações marcantes, contribuiu para enriquecer o cenário teatral nacional.


    A temporada da peça ocorreu no Teatro Sérgio Porto, no Humaitá, Rio de Janeiro. Hamilton Vaz Pereira reuniu 60 atores talentosos, submetendo-os a um workshop preparatório de quatro meses. Posteriormente, selecionou e construiu um espetáculo excepcional, com um elenco de 40 atores.


    O elenco foi repleto de talento, com nomes como Iris Bustamante, Gloria Rabaça, Michele Capri, Igoe Salmito, Marcielle Vanuci e João Medeiros, todos contribuindo para a grandiosidade da produção.


    A estreia foi um ápice emocionante. O palco ganhou vida, o público estava envolvido, e a energia no ar era palpável.


    Os aplausos eram calorosos, uma expressão sincera de apreciação pela dedicação dos atores, do diretor e de toda a equipe técnica envolvida.


     Uma curiosidade intrigante: uma cena memorável sem camisa não foi na lateral do palco, mas sim dos marujos, Kadu Flu e João Medeiros, pulando no mar e sendo 'devorados' pelas sereias de forma deliciosamente surpreendente.


    A peça cativou os espectadores com sua encenação magistral, trama envolvente e atores comprometidos, deixando uma marca duradoura no público.


   Foi uma imersão no mundo do teatro, uma alegria profunda de contribuir para cada etapa, ver a criação ganhar vida e sentir a maravilhosa reação do público, resultando em um profundo sentimento de gratidão.


    Foi uma experiência incrivelmente enriquecedora, onde Kadu Flu pôde aprender muito e, ao mesmo tempo, contribuir para a excelência do espetáculo.


   A peça, com sua originalidade e talento, reforçou o apreço de Kadu Flu pelo teatro e permitiu crescer como artista, além de proporcionar momentos inesquecíveis no palco.


    "Covil das Moças Ruivas" permanecerá como uma peça que deixou um impacto profundo no cenário teatral brasileiro, uma produção que uniu atuações brilhantes, direção magistral e uma narrativa fascinante.


Entrevista de Franco ao ator Kadu Flu

1. Como descreveria a importância da peça "Covil das Moças Ruivas" de Hamilton Vaz Pereira para a história do teatro brasileiro?


      Covil das Moças Ruivas trouxe um texto inédito e uma montagem com toque de um diretor do quilate de Hamilton Vaz Pereira, com um elenco talentoso como Iris Bustamante e João Medeiros.


2-     Pode compartilhar alguns detalhes sobre a temporada da peça no Teatro Sergio Porto, no Humaitá, Rio de Janeiro?  


           Hamilton Vaz Pereira reuniu 60 atores que foram submetido a um workshop preparatório durante 4 meses, que foi selecionado e construído o espetáculo com 40 atores. 

        

3 - Quais foram os atores notáveis que fizeram parte do elenco de "Covil das Moças Ruivas"?


Todos atores são muito talentosos, competentes e profissionais, com destaque para Iris Bustamante, Gloria Rabaça, Michele Capri, Igoe Salmito, Marcielle Vanuci e Joao Medeiros.

 


4. Qual foi o momento mais marcante que você presenciou durante a temporada da peça?

            A Estreia, com certeza. 


5. Como você descreveria a atmosfera nos momentos de aplausos após as apresentações da peça?

        

            Calorosos, consequência da dedicação dos atores, do diretor e toda equipe técnica.

                    

6. O que tornou a cena de Kadu Flu, sem camisa, na lateral do palco após a estreia, tão memorável?            

           Não foi na lateral, essa foi do segurança, que usava peletó. A cena sem camisa, foi dos marujos, em que dois pulavam no mar sem camisa kadu Flu e Joao Medeiros, que nadavam até encontrar a sereias e serem deliciosamente devorados por elas !!!!


7. Como você acha que a peça "Covil das Moças Ruivas" impactou os espectadores e o público em geral?

          Com uma encenação bem elaborada e dirigida e uma trama envolvente e atores que se jogaram nos personagens.


8. Quais foram os sentimentos e emoções que você experimentou ao fazer parte desse processo teatral?

               Viver e respirar o teatro , alegria e felicidade de participar de todo o processo e ver o espetáculo nascer e crescer e da maravilhosa reação do público. Gratidão.


9. Como você se sente em relação à presença de tantos atores talentosos e competentes no elenco da peça?

             Muito feliz poder aprender tanto e de alguma forma também contribuir para o espetáculo.


10. De que forma você acredita que a peça "Covil das Moças Ruivas" contribuiu para sua própria jornada no mundo do teatro?

          

          Trazendo um espetáculo inédito dinâmico com atores talentosos, que com certeza cativou o público.

















































































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